As plantas contém poderosas forças curativas. Isto é sabido há muito.
No entanto, nos dias de hoje, os remédios são produzidos em laboratório, com todo o cuidado sanitário, mas sem nenhum respeito pelo ser sacrificado. A planta deixou de ser um ser vivo para se tornar num objecto disponível para ser talhado à medida da necessidade do homem, e sobretudo do seu bolso.
Perdeu-se todo o respeito nenhum em relação à dignidade de quem se nos oferece para ajudar à cura.
Numa sociedade predominantemente individualista, a experiência da separação é levada ao extremo a muitos níveis.
A evolução da medicina e da indústria farmacêutica acompanhou a tendência e o isolamento dos componentes das plantas passou a ser regra de eficiência e maximização de utilidade.
O passo seguinte foi talvez a primeira experiência da clonagem: a criação de réplicas sintéticas com a mesma composição química mas sem alma.
Reduziu-se a experiência viva a uma fórmula.
Thursday, November 02, 2006
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