Saturday, November 04, 2006

Thursday, November 02, 2006

Mézinhas da Avózinha

As mézinhas da avózinha vêm de uma época em que a Natureza ainda fazia parte da consciência diária. Existia um entendimento profundo da ligação e interdependência do Homem e da Terra.

A avózinha respeitava a erva que colhia ao amanhecer pois sabia que dela dependia a sua recuperação e isso trazia-lhe um sentimento de gratidão imediato e inabalável.

As mézinhas que fazia traziam consigo o Espírito daquele ser que se alimentou da pureza da Chuva e da riqueza da Terra, que sorriu ao Sol e dançou com o Vento.

constatações...

As plantas contém poderosas forças curativas. Isto é sabido há muito.

No entanto, nos dias de hoje, os remédios são produzidos em laboratório, com todo o cuidado sanitário, mas sem nenhum respeito pelo ser sacrificado. A planta deixou de ser um ser vivo para se tornar num objecto disponível para ser talhado à medida da necessidade do homem, e sobretudo do seu bolso.

Perdeu-se todo o respeito nenhum em relação à dignidade de quem se nos oferece para ajudar à cura.

Numa sociedade predominantemente individualista, a experiência da separação é levada ao extremo a muitos níveis.

A evolução da medicina e da indústria farmacêutica acompanhou a tendência e o isolamento dos componentes das plantas passou a ser regra de eficiência e maximização de utilidade.

O passo seguinte foi talvez a primeira experiência da clonagem: a criação de réplicas sintéticas com a mesma composição química mas sem alma.

Reduziu-se a experiência viva a uma fórmula.